O GRUPO SCOLE - EVENTOS PARANORMAIS REGISTRADOS


Desde sempre, criamos hipóteses sobre as ideias de vida após a morte, inteligências alienígenas, ou de que existem outras dimensões.
Um dos esforços para cavar a fundo e achar a verdade sobre isso, foram vários experimentos feitos por um grupo de pessoas.
Em 1993, os médiuns Alan e Diana Bennett, da vila de Scole, em Norfolk-Suffolk, na Inglaterra, se uniram aos pesquisadores psíquicos Sandra e Robin Foy para um projeto que queria levar a um maior entendimento do mundo espiritual e criar uma comunicação entre os vivos e os mortos, para oferecer provas físicas e científicas concretas da vida após a morte. 
Eles chamavam de Grupo Experimental Scole, ou só Grupo Scole.
O grupo fazia tais experimentos de forma completamente independente do movimento espírita ou de qualquer outra organização. 

Foto tirada de uma das sessões em tempos mais recentes. Fonte: luz espírita - espiritismo em movimento

O objetivo era coletar evidências físicas e fotográficas tangíveis o suficiente de espíritos, para fazer com que os cientistas prestassem atenção nessa questão. 
Tendo ainda a ajuda dos amigos Bernette Head, Ken Britten e Mimi Salisbury, eles se reuniam no porão da casa de fazenda de Foy, para realizar as sessões espíritas no escuro total, contando com braçadeiras luminosas para a iluminação. Nessas sessões, eles queriam usar a mediunidade de transe para estabelecer essa conexão com o mundo espiritual e usavam aparelhos de gravação e câmeras para capturar qualquer tipo de fenômeno estranho que pudessem evocar. 
Segundo os relatos, parece que os resultados não demoraram a vir. 
Alguns deles foram bizarros.
Em pouco tempo, o grupo teria feito contato com um misterioso grupo de espíritos que se autodenominam “Equipe de Muitas Mentes”, que supostamente alegou que haveriam muitas dimensões espirituais que existem lado a lado, indetectáveis ​​para os sentidos humanos. Nessas outras dimensões, também teriam tecnologias atuais e gente com o mesmo objetivo de mostrar à humanidade provas tangíveis de que eles existiam. 
A Equipe de Muitas Mentes teria dito que haveriam milhares dessas dimensões e grupos, e que se caso trabalhassem juntas, seria possível afetar o mundo físico dos vivos e nossa dimensão ao “influenciar átomos e moléculas”. 
Eles tentariam usar essa habilidade para produzir a prova que o Grupo Scole tanto queria, de que seriam possíveis um ou vários portais interdimensionais. 

Foto ilustrativa e cinematográfica de uma sessão mediúnica. Fonte: the guardian

Foi dito que esse fenômeno se manifestava em várias luzes que apareciam do nada, se movendo pelo ar ou ficando paradas, que eram principalmente de cor branca, mas também as vezes vermelhas ou verdes. 
As luzes eram esféricas e faziam manobras sob algum comando. 
Dizia-se que as luzes às vezes passavam pelos corpos de quem estava presente, criando uma sensação de tontura e energizavam cúpulas de vidro e cristais, que eram mantidos no porão, muito disso supostamente capturado pela câmera. 
As coisas chegaram ao ponto de objetos se moverem sozinhos e levitarem, mãos invisíveis cutucarem e agarrarem os participantes, e fotos revelarem objetos que não estavam lá visivelmente. 
Em um caso, uma moeda caiu do nada sobre a mesa durante uma sessão e outros itens que se materializaram do nada, foram medalhões de prata, um dedal de prata, um lenço de senhora, um medalhão de ouro, entre outros. 

Foto de suposto espírito contatado durante as sessões. Fonte: mega curioso

Tudo isso foi pontuado por muitos fenômenos auditivos inexplicáveis, incluindo sinos tocando, estalos eletrostáticos, passos, palmas, vozes desencarnadas, também entre vários outros. Boa parte disso também teria sido capturado com dispositivos de gravação. 
Ainda mais bizarro foram os espíritos que supostamente falaram através dos médiuns Alan e Diana Bennett. Segundo o livro Witnessing the Impossible Robin Foy, alguns desses espíritos e entidades eram:

John Paxton - entidade espiritual muito evoluída que viveu na Terra há muitas centenas de anos. 
Manu - originária do Peru e possivelmente do povo Inca. 
Patrick McKenna - um padre irlandês jovial que gosta de Guinness e charutos. 

Cada um desses espíritos supostamente falava em sua própria voz e cadência distintas, através dos Bennets ou falava com uma voz sem corpo presente e visível. 
No entanto, os fenômenos mais bizarros de todos foram as várias aparições que supostamente se materializaram durante essas sessões, descritas como espíritos, entidades interdimensionais, anjos e extraterrestres do “Espaço e Hiperespaço”. 
Essas aparições assumiram formas humanas e animais, várias entidades estranhas e humanóides. 
Talvez a mais notável dessas entidades tenha sido um ser interdimensional que eles chamaram de “psicomanteu duplo”, que teria a capacidade de abrir um portal para outras dimensões e teletransportar várias entidades para a sala, na forma sólida. 
A entidade, neste caso, apareceu como um humanoide de pele azul com rosto alongado, olhos grandes, negros e oblíquos e sem boca ou nariz discerníveis, que o grupo chamou de “Azul”. 
Espelhos colocados no porão teriam se tornado um portal, através do qual mais espíritos e amigos estelares e de outras dimensões teriam vindo e se apresentado de forma sólida.

Suposta foto de entidade chamada de Azul. O rosto borrado e a falta de boca e pescoço, pode ser efeito da passagem dimensional ou revela uma fraude? 

O Grupo Scole começou a abrir essas sessões para observadores de fora do grupo, que também diziam testemunhar muitos desses fenômenos, com até mesmo céticos supostamente indo embora perplexos e sem explicação sobre o que haviam visto.
Logo o grupo chamou a atenção de investigadores da Sociedade para Pesquisas Psíquicas. 
Esses investigadores participaram de dezenas dessas sessões e testemunharam todos os diferentes fenômenos por si mesmos, segundo ainda relatos e só relatos, com alguns deles convencidos de que pelo menos algumas delas forneciam evidências do paranormal e da vida após a morte. 
No entanto, alguns outros investigadores não ficaram tão impressionados, dizendo que tudo que viram podia ser replicado com ilusões e efeitos especiais, que as fotos eram fáceis de  falsificar. Também disseram que o grupo não tinha controles científicos adequados, além de que não permitia a investigadores usarem suas próprias câmeras e equipamentos. 
No final, o relatório de 452 páginas da Sociedade sobre essas atividades, intitulado "O Relatório Scole", não conseguiu chegar a nenhum consenso firme sobre a veracidade das alegações do Grupo Scole. 

Livro que explica as experiências do grupo. Fonte: amazon

O grupo continuou suas atividades, viajando para outros países para demonstrações, incluindo Alemanha, Itália, Espanha, Suíça e Estados Unidos. 
O grupo capturou muitas fotos e centenas de horas de gravações, realizou mais de 500 sessões e listou 180 diferentes manifestações de espíritos e entidades interdimensionais. 
O grupo continuou com as experiências até 1998, quando declararam algo que para muitos é surreal e confuso demais: que um grupo de experimentadores do futuro com motivos não totalmente benevolentes, causou uma interferência contrária às estritas leis do tempo e do espaço. Estranho, de fato.
Tem havido muito ceticismo em relação às alegações do Grupo Scole, muito por causa da insistência em realizar essas sessões em suas próprias condições, da falta de protocolos científicos, e das evidências fotográficas e auditivas que, embora intrigantes, não provaram nada definitivamente. 
De sua parte, o grupo sempre defendeu firmemente que seus resultados e os fenômenos envocados, eram legítimos
Esses experimentos foram mesmo demonstrações fantásticas de outras dimensões? 
Ou foi mais uma daquelas artimanhas de charlatães para enganar gente com pouco sendo crítico? 
Fato é que até hoje, nenhuma das mais conhecidas instituições científicas e nem sequer grandes nomes da ciência, se pronunciaram sobre isso. 
Diga nos comentários qual sua opinião sobre esse caso.
Muito obrigado pela leitura e se gostou, compartilhe e siga o blog para me ajudar nesse trabalho. Aquele grande abraço e valeu!

Fontes:
  • Mysterious Universe
  • The Guardian

Comentários